Além de Glenn Greenwald, o grupo hacker também foi denunciado. MPF acredita que ele tenha atuado de forma a auxiliar o grupo nos ataques.
O Ministério Público Federal (MPF) denunciou nesta terça-feira (21) o jornalista Glenn Greenwald em um desdobramento da Operação Spoofing. O mandatário do The Intercept Brasil é acusado de atuar nos ataques hackers sofridos por personalidades políticas do país que vieram à tona nos últimos meses.
Além de Greenwald, os seis membros do grupo hacker foram denunciados. Como explica o MPF, o jornalista não era alvo das investigações. “Glenn Greenwald também foi denunciado, embora não investigado nem indiciado”. “Para o MPF, ficou comprovado que ele auxiliou, incentivou e orientou o grupo durante o período das invasões”, afirma o órgão.
Há um mês, o Jornal de Brasília teve acesso à lista de números hackeados pelo grupo, composto por Walter Delgatti Neto (o Vermelho), Danilo Marques, Luiz Molição e Tiago Elieser, Suelen Priscila e Gustavo Santos. Na lista, estão o presidente Jair Bolsonaro e os irmãos Flávio e Eduardo Bolsonaro, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia e o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro.
Para o MPF, Glenn Greenwald “auxiliou, incentivou e orientou, de maneira direta, o grupo criminoso”.
Diante dos fatos, o Ministério Público pede a condenação dos acusados visto que foram comprovadas 126 interceptações telefônicas, telemáticas ou de informática e 176 invasões de dispositivos informáticos de terceiros, resultando na obtenção de informações sigilosas. Com exceção de Glenn, todos os outros denunciados responderão pelo crime de lavagem de dinheiro.