Por Que Bolsonaro Tem Um Único Objetivo?
Análise do catedrático Prof. Stephen Kanitz*
Vou imediatamente conceder aos antigovernos democraticamente eleitos e aos anti-Bolsonaros que é fato preocupante ter um presidente com um único objetivo.
Um presidente deveria ter n objetivos.
Por isso ele não se empenha na aprovação da Previdência, na melhoria do ensino, não ouve ninguém que não comunga desse seu foco único.
O seu objetivo é outro, que vou revelar adiante.
Por outro lado devo lembrar que FHC, Lula e Dilma também tinham somente um único objetivo.
O de se perpetuarem no poder, e isso a imprensa esquerdista acha normal.
Bolsonaro fez o mesmo diagnóstico de Dilma, FHC, Sarney e Jânio Quadros, 50 anos atrás.
O Brasil, do jeito que se desenvolveu, é ingovernável.
“Governar o Brasil não é impossível, é inútil.”
Por isso Bolsonaro não perde tempo tentando governar o ingovernável, certo ele.
Primeiro precisamos limpar esse pântano aparelhado pelos membros da Quarta Classe, do Oiapoque ao Chuí.
Bolsonaro sabe que 35 partidos paralisam esse país, daí a Reforma Política que ele está preparando.
O STF não deixa ninguém governar, o Congresso só quer vender seus votos, a imprensa só publica Fake News para derrubar quem quer que esteja no poder.
Mas Bolsonaro quer tornar, à sua maneira, o Brasil governável novamente.
Já reduziu os ministérios, para algo mais administrável.
Colocou Militares que cursaram “Estratégia e Alta Administração“ na escola de comando, em vários ministérios.
É a primeira vez na História do Brasil, que temos Ministros com algum conhecimento de Alta Administração, finalmente.
Isso é o mais próximo que vi de Administração Responsável das Nações que defendo que deveria ser obrigatório para todo governante e Ministro.
Ministros Militares que aprenderam logística, liderança, avaliação, planejamento estratégico, etc.
O curso só não ensina Marketing, óbvio, daí o grande ponto fraco de Bolsonaro.
Bolsonaro criou a MP da Liberdade Econômica, reduzindo os inúmeros impedimentos para empreender.
Bolsonaro se recusa a ceder às constantes chantagens de Rodrigo Maia, do Centrão, do baixo clero e da imprensa.
Somos tão mal administrados no andar de cima que a famosa consultoria mundial de administração McKinsey, também desesperada com esse fato, ofereceu fazer uma consultoria grátis.
Para implantar no Palácio do Planalto um sistema de tomada de decisão e administração à altura de nossas necessidades.
Dilma, por ser do PDT, recusou porque era uma empresa americana.
Fico muito triste em constatar que fui o único formado em administração por Harvard a participar de um governo, 40 anos atrás.
Quando fui um dos primeiros a confirmar que administrar essa bagunça montada a esmo é impossível e inútil, tal a falta de conhecimentos básicos de administração de todos em volta.
Por isso apoio Bolsonaro nesse seu objetivo único.
Há tempos alguém deveria ter percebido o óbvio.
Mas vejo que a ignorância generalizada em administração e os interesses de se manter esse país desorganizado para poderem roubar sem rastro, podem prevalecer.
*Quem é Stephen Kanitz
Foi um dos precursores de análise de risco e crédito com seu artigo "Como Prever Falências", na Revista Exame 12/1974 que ficou conhecido como o Termômetro de Kanitz. Análise de risco abriu a possibilidade de crédito a pequenos empresários e pessoas mais pobres, antes dispensada somente àqueles mais ricos da população.
Em 1975 criou a edição anual Melhores e Maiores da revista Exame, determinando as empresas com melhor desempenho global de cada ano, iniciando no Brasil o movimento conhecido como benchmarking, seis anos antes de Tom Peters fazer o mesmo nos Estados Unidos em 1981, com o seu livro Em busca da Excelência. Em 1992 foi um dos líderes que disseminaram o conceito de Responsabilidade Social das Empresas, criando o primeiro site de voluntariado, www.voluntarios.com.br, e o primeiro site de doações on line na internet, o www.filantropia.org.
Em 1995 criou o Prêmio Bem Eficiente, que anualmente premia as 50 melhores entidades beneficentes do Brasil e ajudou a colocar o terceiro setor na agenda jornalística do país. Condecorado com a Grã Cruz da Ordem Dos Cavaleiros de Malta pro-Mérito Militensi, pelo seu trabalho social promovendo o Prêmio Bem Eficiente.
Em 1994 publicou O Brasil que Dá Certo, que chegou à 32ª edição e lhe deu o Prêmio Jabuti de 1995. Foi um dos poucos que previram o sucesso do Plano Real, que iria erradicar definitivamente a inflação no País, que a bolsa cresceria 10 vezes nos 10 anos seguintes, e o futuro empresarial seria fornecer produtos populares para os mercados de baixa renda.[1]
Tornou-se conhecido no Brasil principalmente por sua coluna na revista Veja, entre 1998 e 2009, na seção Ponto de Vista. Em parceria com Cecilia Akemi, Edison Castilho, Eliseu Martins, Lázaro Plácido Lisboa, Luiz Benatti, Nena Gerusa Cei, Sérgio de Iudícibus, escreveu Contabilidade introdutória (livro-texto e livro-exercício) - Editora Atlas, que vendeu 5 milhões de cópias e se tornou o livro texto de Contabilidade no país.