Foto de ALAN LIMA A artista plástica e profª Yvonne Bezerra de Mello coordena o projeto Ueré Uma escola alternativa para crianças e adolescentes com dificuldades de aprendizagem relacionados a traumas provocados pela convivência diária com a violência na comunidade. |
No dia 23 de julho de 1993, uma professora de nome Yvonne Bezerra de Mello dava aula para 250 meninos sem lar. De repente foi chamada por alguns deles e foi ao local que apontavam - eis a professora na cena de uma chacina - ali, na porta da igreja do Centro do Rio de Janeiro estavam mortas oito crianças de rua, assassinadas por três policiais militares.
Em seguida tetaram apagar a professora, ela foi sequestrada por policiais. “Puseram um fuzil na minha cabeça, diziam que iam me matar... Queriam evitar que eu testemunhasse. Mas não me mataram e testemunhei, claro que testemunhei [os três policiais foram condenados– hoje dois estão livres e um foragido]. Eu sabia o que acontecia ali todos os dias”, relata Yvonne para o EL PAIS, 24 anos depois do episódio.
Em vídeo ela fala da situação brasileira, onde as crianças vivem traumatizadas pela violência sem fim.
O Jornal Internacional EL PAIS fez uma reportagem especial sobre a professora Yvone com o título "A professora das crianças perdidas" (Confira).