Representação ao MPF aponta lavagem de R$ 1,3 milhão na campanha do PCdoB no MA – utilizando empresa extinta.
Foi protocolado na Procuradoria-Geral da República no dia 5 de junho uma representação que aponta um esquema de lavagem de dinheiro. Consta da denúncia que R$ 1.380.000,00 recebido pelo PCdoB foram utilizados na campanha de Flávio Dino em 2014. Valor idêntico foi pago à empresa ALDO OBERDAN PINHEIRO MONTENEGRO-ME por supostos serviços de produção de programa de rádio e TV e vídeos - operação registrada na prestação de contas do comunista.
EMPRESA EXTINTA EM 15/09/2010
O esquema precisa ser investigado, pois a referida empresa pertencia ao servidor efetivo da Secretaria de Saúde do Estado, Aldo Oberdan Pinheiro Montenegro, que exerce o cargo de Auxiliar da SES, ganhando R$ 2.858,00. O servidor desconhece a transação, pois segundo ele, a empresa foi entregue, por procuração, a um segundo empresário do ramo para utilizá-la para outro fim.
Levantamento do blog constatou que a empresa ALDO OBERDAN PINHEIRO MONTENEGRO-ME é uma empresa individual, classificada como Microempresa (ME) , com o CNPJ 12.027.745/0001-23 foi extinta em 15/09/2010. Cinco meses depois de sua extinção a empresa foi ressuscitada recebendo agora o CNPJ 13.305.141/0001-64.
A referida não poderia ter prestados os serviços mencionados à luz das leis 7.256/84 e 9.317/96, que diz que a Receita Bruta anual não pode ultrapassar a R$ 240.000,00. E que não poderia fazer serviços de propaganda e publicidade.
Aldo Oberdan disse ao O Estado:
– Na época eu não autorizei ninguém a movimentar a minha empresa através de campanha. Autorizei o Carlos a dar empresa pra ele pra trabalhar que ele já trabalhava na rua na divulgação de casamento, formatura, essas coisas, mas quando aconteceu isso não tinha ciência do grau de dificuldade que tava acontecendo ali. Quando eu soube disso tudinho que fui no banco, puxei tudinho, puxei as notas fiscais, o que aconteceu? Quero dizer pra vocês que eu não tenho responsabilidade nenhuma nisso, eu não autorizei isso. Embora eu tivesse autorizado a mexer na minha empresa, ele não me comunicou, não me fez uma comunicação, eu não tive participação em ganho nenhum até porque o dinheiro tá lá, entrou na conta e saiu – afirmou Aldo Oberdan.
– Inclusive encontrei uma vez no banco Márcio Jerry, dentro do banco, eu cobrei dele. Aí ele disse ‘não rapaz não posso falar disso aqui, tem câmera e tudo, vai no partido’, nunca fui. Porque fui uma vez e eles não tomaram nenhuma providência – disse Aldo.
É. O PC do B e Flávio Dino precisam dar convincentes explicações.