DUTRA AFIRMAVA DURANTE A CAMPANHA QUE FECHARIA A ODEBRECHT EM PAÇO DO LUMIAR. PATROCINOU ATÉ PROTESTO FECHANDO O ESCRITÓRIO DA EMPRESA.
Na época, Dutra gritava e avisava que a Odebrecht seria fechada. “A Odebrecht não fez nenhum investimento; é responsável pela crise moral e política do país, ao montar um esquema de corrupção para vencer obras públicas e massacra a população”, dizia Dutra, desafiando o então prefeito Josemar e os vereadores a rescindir o contrato com a Odebrecht (REVEJA....).
Agora o mesmo Domingos Dutra aceita a ser presidente do consórcio que trabalha lado a lado com a Odebrecht Ambiental, inclusive aplicando tarifas aos consumidores de Paço do Lumiar.
Aqui Dutra mudou o discurso
Tomaram posse ontem os novos membros da diretoria do Consórcio Intermunicipal de Saneamento Básico (CISAB) que compreende os municípios de São José de Ribamar e Paço do Lumiar.
Para a presidência do consórcio, foi eleito o prefeito de Paço do Lumiar, Domingos Dutra, que conclui o biênio juntamente com o prefeito Luis Fernando, que assume a vice-presidência do CISAB.
Entre as ações que serão reguladas pelo consórcio, estão a qualidade da água oferecida, acompanhamento da cobrança de tarifa de água e esgoto, além dos serviços de esgoto para o melhoramento dos respectivos municípios.
A Ficha técnica do contrato com a Odebrecht:
Cliente: Prefeituras Municipais de São José de Ribamar e Paço do Lumiar
População Atendida: Aproximadamente 320 mil habitantes
Início da Operação: 26/01/2015
Duração do Contrato: 35 anos
Investimento: R$ 450 milhões
Colaboradores: 180 Integrantes
Durante 35 anos, com início em janeiro de 2015, a Odebrecht Ambiental será responsável pela gestão dos serviços de água e esgoto e pelo desenvolvimento da infraestrutura necessária para atender aos aproximadamente 320 mil habitantes dos municípios de São José de Ribamar e Paço do Lumiar (MA), com aporte financeiro superior a R$ 450 milhões, previsto em contrato. Como benefício complementar à parceria com a iniciativa privada, o poder público poderá destinar os recursos anteriormente aplicados na área de saneamento para setores como saúde e educação, por exemplo.
No Maranhão, apenas 10,5% dos 6,6 milhões de habitantes têm acesso ao esgotamento sanitário, enquanto 50,4% recebem água tratada em suas residências. Na Ilha de São Luís, um consórcio formado pelas cidades de São José de Ribamar e Paço do Lumiar deseja mudar este cenário, e por isso assinou um contrato de concessão dos serviços de água e esgoto com a Odebrecht Ambiental.
A união entre os dois municípios cria um sistema integrado que potencializa os investimentos com o objetivo de alcançar no curto prazo as metas estabelecidas nos Planos Municipais de Saneamento Básico de cada cidade, uma vez que elas formam área urbana contínua. Toda a atuação da Odebrecht Ambiental é supervisionada pela Câmara de Regulação do Consórcio Intermunicipal de Saneamento Básico.
São José de Ribamar
A Odebrecht Ambiental chega a São José de Ribamar para melhorar a vida de sua população. Hoje, 18,9% dos habitantes têm acesso regular à água potável em suas casas, e de cada 1.000 litros que entram no sistema de abastecimento, apenas 326 chegam aos consumidores, enquanto o restante é desperdiçado. Por isso, a meta da concessão é reduzir este índice de 67,4% para 30% ao longo dos anos. Ao chegar neste ponto, o município terá uma média de perdas no abastecimento de água inferior à média nacional, de 38%.
Nos próximos seis anos, 90% dos habitantes da cidade receberão água potável regularmente, um avanço de 370% em relação ao que existia no começo de 2015. Em relação ao esgotamento sanitário, a Odebrecht Ambiental realizará uma série de investimentos para, em oito anos, oferecer uma rede de esgoto que sirva a 80% da cidade. Hoje não há redes coletoras e tratamento dos efluentes antes do descarte.
Paço do Lumiar
Com cerca de 115 mil habitantes, a cidade de Paço do Lumiar entrega água potável regularmente a apenas 40,9% de sua população. A meta da Odebrecht Ambiental, que chegou à cidade em janeiro de 2015, é ampliar o atendimento de água potável para 90% em seis anos.
No setor de esgotamento sanitário, a cidade possui coleta parcial do esgoto, mas em poucos casos o efluente recebe o tratamento adequado antes de sua destinação final. A meta da concessão é, em oito anos, garantir o acesso ao esgotamento sanitário a 80% dos habitantes.