Os artistas que deixaram saudades em 2015.

Infelizmente, o Brasil perdeu muitos artistas queridos em 2015. Muitos foram derrotados pelo câncer e alguns sofreram outras complicações. Mas, independente das causas, o cenário artístico brasileiro ficou mais pobre com a partida de todos esses grandes profissionais, que fizeram parte da vida do público. A lembrança sempre existirá e a saudade ficará cada vez maior.

Cláudio Marzo (1940 - 2015).
O respeitado ator estava afastado das novelas desde 2007, quando atuou em "Desejo Proibido", trama de Walther Negrão. Foram mais de 35 novelas e quase 40 filmes. Sua rica carreira se mistura com a história da televisão. Ele faleceu em março, aos 74 anos, por conta de um enfisema pulmonar.








Jorge Loredo (1925 - 2015).
O intérprete do querido Zé Bonitinho, um dos personagens mais clássicos do humor nacional, ainda estava na ativa e marcava presença em "A Praça é Nossa", no SBT. Porém, já com a saúde debilitada --- ele lutava há anos contra uma doença pulmonar grave, além de um enfisema ---, faleceu no final de março, aos 89 anos.







Antônio Abujamra (1932 - 2015).
O sarcástico e ferino diretor, ator, autor e entrevistador estava no ar pela TV Cultura, com o programa "Provocações", e seu último entrevistado foi o humorista Eduardo Sterblich. Múltiplo e provocador (fazendo jus ao título de sua atração), o respeitado artista faleceu no final de abril, em virtude de um um infarto, enquanto dormia. Ele tinha 82 anos.




Elias Gleizer (1934 - 2015).
O avô do Brasil. Todo mundo se sentia um neto deste carismático ator. Intérprete de vários padres e vovôs na ficção, Elias era uma das figuras mais queridas da TV e se foi em maio, aos 81 anos, em virtude de uma falência circulatória provocada após um trauma. Seu último grande papel em novelas foi o motorista Diógenes, em "Passione" (2010), onde formava um hilário triângulo amoroso com a saudosa Cleyde Yáconis e Leonardo Villar. Mas Elias ainda apareceu em "Flor do Caribe" (2013) e fez uma rápida participação em "Boogie Oogie" (2014).








Nuno Melo (1960 - 2015).
O ator português ficou conhecido no Brasil quando participou do imenso sucesso "Senhora do Destino", em 2004, quando interpretou o taxista Clementino ---- que protegia a namorada Rita (Adriana Lessa) do ex-marido violento (Cigano - Ronnie Marruda). Ele faleceu em junho, aos 55 anos, em virtude de um câncer no fígado e complicações causadas pela Hepatite C.









José Messias (1928 - 2015).
O criador do quadro "Pra quem você tira o chapéu?", do programa Raul Gil, era compositor, escritor, músico, radialista, crítico musical, entre outras atividades. Mas ele ficou conhecido mesmo como jurado ranzinza de show de calouros. Faleceu em junho, aos 86 anos, por conta de uma assepsia abdominal.







Betty Lago (1955 - 2015).
Após uma longa batalha contra o câncer, a atriz preferida do autor Carlos Lombardi faleceu em setembro, aos 60 anos. Ela nunca desanimou e sempre enfrentou a doença de cabeça erguida. Sua última novela foi "Pecado Mortal", na Record, e justamente do escritor que sempre a escalava para suas obras.


Carlos Manga (1928 - 2015).
O respeitado diretor morreu aos 87 anos, em setembro. Era um profissional respeitadíssimo e responsável por vários sucessos, incluindo as famosas chanchadas, da Atlântida. Manga ainda dirigiu várias produções da Globo, como o remake de "Anjo Mau", "Torre de Babel" e "Eterna Magia", entre as novelas, e "Agosto", "Memorial de Maria Moura" e "Um Só Coração", entre as minisséries.






Luis Carlos Miele (1938 - 2015).
Ele era um bom vivant clássico e amava a vida. Produtor, diretor e ator, Miele topava tudo e amava a televisão. Sua penúltima participação, inclusive, foi na "Dança dos Famosos", do "Domingão do Faustão", em 2014. A última foi na novela "Boogie Oogie", em 2015. A querida figura faleceu em outubro, aos 77 anos, após sofrer um infarto fulminante.







Yoná Magalhães (1935 - 2015).
Uma das mais queridas atrizes brasileiras se foi em outubro, aos 80 anos, em virtude de um problema cardíaco. Sua última novela foi "Sangue Bom", em 2013, quando interpretou a amargurada Glória. Mesmo sendo uma coadjuvante, a atriz soube valorizar seu papel e protagonizou várias cenas emocionantes. "Roque Santeiro", "Tieta" e "A Próxima Vítima" estão entre os seus maiores sucessos. Já está fazendo falta.





Ada Chaseliov (1952 - 2015).
A atriz costumava ser escalada por Silvio de Abreu e esteve com ele em "Guerra dos Sexos", "Anjo Mau", "Torre de Babel", "Da Cor do Pecado", "Belíssima" e "Passione". Seu últmo trabalho foi uma pequena participação em "Amor à Vida" (2013) e seu maior sucesso foi como a vilã Leonor, em "A Muralha", personagem que tinha o pescoço torto. Ela faleceu em outubro, aos 63 anos, vítima de um linfoma.






Sandra Moreyra (1954 - 2015).
Uma das vozes mais conhecidas do jornalismo da Globo, a simpática e risonha jornalista faleceu aos 61 anos, em novembro, após uma longa luta contra o câncer. Foram inúmeras matérias marcantes e várias passagens por quase todos os telejornais da emissora.




Dr. Alfredo Halpern (1941 - 2015).
O simpático médico era um respeitado endocrinologista e perdeu a batalha para um câncer de pâncreas no final de novembro. Ele era uma das figuras mais queridas do programa "Bem Estar", da Globo, e participava da atração desde a estreia, em 2011. Sua partida tirou dos apresentadores Fernando Rocha e Mariana Ferrão parte da alegria que tinham.



Marília Pêra (1943 - 2015).
A atriz enfrentava um câncer de pulmão há um tempo, mas o grande público só ficou sabendo pouco antes de sua morte. Uma das mais respeitadas e múltiplas atrizes brasileiras, ela faleceu em dezembro, aos 72 anos. Foram muitos os trabalhos de sucesso, tanto no teatro, quanto no cinema e na televisão. Era competente em tudo o que fazia --- diretora, atriz, cantora, dançarina, produtora, enfim. Os fãs ainda podem matar saudades a assistindo em "Pé na Cova", onde viveu a alcoólatra Darlene.

É uma declaração comum, mas com certeza o céu está mais feliz com a presença de toda essa gente talentosa. O país perdeu muito com a morte dessas respeitadas figuras e os admiradores nunca se esquecerão do que eles representaram para o mundo das artes. Agora o que resta é a saudade.
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