Família desestruturadas, jovens e adolescentes criados em ambientes e lares violentas, tráfico de drogas, impunidade e aparato de segurança insuficiente são as produções em massa da violência que já está se tornando cultura no Maranhão.
NÃO LARES, MAS FÁBRICA DE MONSTROS.
Um simples levantamento em milhares de lares do Maranhão constatará que país não tem mais domínios de filhos jovens e adolescentes, criados dissolutamente, sem regras, sem educação familiar, sem afeição natural, sem amor pelo próximo.
Milhares de pais que estão mais preocupados com seus deleites e aberrações do que com a família; pais que dão iniciação ás suas crianças nas mesas de bebidas, nas drogas, em lugares impróprios.
Desses ambientes, com raras exceções, não sairá cidadãos de bem. Estarão mais aptos para ingressaram no mundo da criminalidade do que no mundo da civilidade.
Aliada a esta situação está o Estado com sua costumeira omissão. Os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário são exercidos por outras castas, que vivem em outros níveis de educação e ambientes. Não estão nem aí para o que está sendo produzido nas periferias abandonadas.
O Estado brasileiro não impõe o cumprimento das regras de conduta de cada um (o cumprimento da lei). E quando o faz, age de uma forma para o rico e outra forma para o pobre, cometendo injustiça.
No Maranhão impera a Lei do olho por olho e dente por dente, mas só quando o bandido for de periferia. Quando o bandido é da alta sociedade, a história é outra. |
O marginal da periferia que atenta contra a vida de um rico ou policial, por exemplo, é sumariamente caçado e executado, mas quando um rico ou policial matam gente de periferia são acobertados pelos poderes do Estado ou julgado com as benesses das frágeis leis brasileiras para dar uma satisfação para a população.
Adultos, jovens e adolescentes já enveredados no submundo do crime e dos desregramentos familiares vê o Estado como muito injusto e não o respeita, mesmo que morra. Mas, antes disso acabam ceifando vidas outras, prevalecendo o terror.
É necessário um pacto pela vida, começando pelo poder judiciário distribuindo justiça igualitariamente. A polícia instaurando não só a boca de fumo, mas também as mansões onde ocorrem os crimes de colarinho branco.
Na mesma cela em que estiver o ladrão de periferia, deverá estar os ladrões do erário; na mesma cela que estiver o ladrão de galinha, ai também deverá estar o larápio rico.
No dia em o Estado brasileiro deixar de fazer distinção entre o pobre e o rico em matéria criminal, a violência diminuirá.