Envolta em um esquema de agiotagem que contabiliza R$ 30 milhões, com o envolvimento de pelo menos 14 vereadores, a Câmara Municipal de São Luís deixa de cumprir com as exigências legais de transparência e esconde suas contas dos cidadãos.
De mão em mão, a Câmara Municipal de São Luís vai ocupando o noticiário devido os escuros atos de seus gestores.
Investigações do Grupo Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) do MP/MA, apontam que vereadores pediam empréstimos consignados à Gerente do Bradesco, que tem a conta oficial da Câmara Municipal de São Luís, em nome de funcionários da Câmara, que funcionavam como 'laranjas'.
Os próprios vereadores se encarregavam de fazer os repasses para quitar os empréstimos. Como a taxa de juros cobrada nos consignados é muito baixa (2%), os vereadores aproveitavam o dinheiro barato para emprestar para terceiros, cobrando taxas muito maiores, de aproximadamente 7%. A diferença era o lucro da quadrilha. Crime este definido como agiotagem.
O OUTRO ESQUEMA: A IMPUNIDADE
Em dezembro de 2013, o delegado Augusto Barros, responsável pelo pela investigação do caso, pediu a quebra de sigilo bancário de 13 pessoas.
Já se passam 10 meses de investigação o assunto está caindo no esquecimento, principalmente pelo vereador Marquinhos, do PRB, que na chegou a requerer da Mesa da Casa a quebra do contrato existente entre a Câmara e o Bradesco (Requerimento nº 1076/13).