Após visitar o Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís/MA, o juiz auxiliar da Presidência do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Douglas Martins foi informado que esposas e irmãs de presos estariam sendo obrigadas a ter relações sexuais com líderes das facções criminosas, que ameaçam de morte os presos que se recusam a permitir o estupro das mulheres ou irmãs.
“As parentes de presos sem poder dentro da prisão estão pagando esse preço para que eles não sejam assassinados. É uma grave violação de direitos humanos”, afirmou o juiz, que é coordenador do Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário (DMF) do CNJ.
OS CÚMPLICES
A violência sexual seria facilitada pela falta de espaço adequado para as visitas íntimas, que acontecem em meio aos pavilhões, uma vez que as grades das celas foram depredadas.
“Por exigência dos líderes de facção, a direção da casa autorizou que as visitas íntimas acontecessem no meio das celas.
OS LÍDERES DAS FACÇÕES QUE CONTROLAM OS PRESÍDIOS NÃO PERMITIRAM A ENTRADA DO REPRESENTANTE DO CNJ NAS CELAS.
Segundo o magistrado do CNJ não foi possível entrar em todas as áreas dos presídios por falta de segurança. “Como as celas não ficam fechadas, os agentes de segurança recomendaram não entrar porque os líderes das facções não teriam permitido e o acesso às dependências seria muito arriscado”, disse.
Roseana Sarney terá até esta terça-feira (24/12) para prestar informações dessa situação ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Fonte: (CNJ)