O Blog recebeu por via e-mail a carta
abaixo de um coronel da PM externando a problemática da segurança pública no
maranhão:
de:
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Carlos Augusto FURTADO
Moreira
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para:
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cco:
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edgardba@gmail.com
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data:
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11 de novembro de 2013 21:42
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assunto:
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SE NÃO MUDAR, PIOR NÃO FICA!
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enviado por:
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gmail.com
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assinado por:
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gmail.com
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SE NÃO MUDAR, PIOR NÃO FICA!
Ten Cel QOPM Carlos Augusto Furtado Moreira |
A execução do Sd PM Francinaldo Costa
Pereira do 1º BPM, morto no trailer PM da Vila Nova e o ferimento a bala do Sgt
PM Marco Antonio Correa Cutrim do 9º BPM em um trailer PM do Bairro de
Fátima, ocorridos neste último dia 09 de novembro, vem cristalinizar a
fragilidade em que se encontra a corporação do Brigadeiro Falcão e o Sistema de
Segurança Pública do Maranhão.
As ações criminosas demonstraram a
ousadia de marginais do crime organizado que detonando suas ordens de dentro do
sistema carcerário maranhense, nada ficam a dever aos atos de suas congêneres
do sul do país.
As tragédias ocorridas foram
prenunciadas há algum tempo, levando em consideração uma série de fatos,
demonstrando a incapacidade do Estado do Maranhão em se antecipar em tão
delicada temática.
O tão falado “serviço de inteligência”
é operativo, mas só após a ocorrência de fatos danosos e nocivos a sociedade e
agora pós-morte de integrantes da polícia.
Independente das causas estruturais,
alguns problemas de ordem institucional, contribuíram sobremaneira para o
agravamento da criminalidade e violência, senão vejamos.
1) Sem sombra de dúvidas a inferioridade numérica dos policiais militares e
civis que decrescem vertiginosamente com as transferências para a reserva
remunerada/aposentadoria, licenciamentos voluntários e pedidos de demissão do
serviço público (em razão também de vários fatores: oferta de melhores
oportunidades de emprego com maiores salários, empregos mais tranquilos com
menos exposições para si e para a família, maior reconhecimento, ascensão
profissional, etc.), mortes (em serviço e por causas naturais) e outras.
2) Gestão
Administrativa atual, ineficaz e ineficiente, incapaz de atender aos reclamos
das associações de classes policiais militares visando à melhoria salarial e
melhoria das condições de trabalho:
a) armamento institucional incompatível aos avanços da criminalidade;
b) locais de trabalho com poucas condições – trailers e postos fixos
dotados de pouco efetivo, sem o apoio ininterrupto de viaturas – veículos e
motocicletas “tais como foram projetados”, com alta temperaturas internas, sem
instalações hidrosanitárias adequadas, sem manutenções periódicas, sem limpeza
regular;
c) Progressão funcional incompatível com a
importância da função social exercida pelos policiais militares;
d) Atendimento médico institucional precário;
e) Orfandade das praças (falta de lideranças e de
apoio dos comandantes imediatos);
f) Burocracia arraigada e emperrada no atendimento
de direitos legais;
g) Fardamento pago com atraso.
3) Incompatibilidades na apuração de denúncias referentes aos policiais
militares, com excesso de rigor para as praças.
4) Silêncio dos órgãos responsáveis pela apuração de denúncias contra
gestores.
5) Insatisfação generalizada da tropa policial militar (oficiais e praças)
contra a gestão institucional policial militar em função de perseguições,
transferências sem critérios justos, descumprimento de ordens judiciais,
inobservância de direitos, gerando desmotivação, operações padrão, descrédito
na oficialidade, sensação de orfandade, afastamentos do serviço ativo, etc.
6) Mesmo após dois anos, o Governo do Estado se mantém inerte e insensível
ao cumprimento de parte das reivindicações acordadas e propostas pelas
Associações de Classes representativas dos oficiais e praças da Polícia Militar
e Corpo de Bombeiros Militares do Maranhão que finalizou o primeiro movimento
paredista da centenária instituição, mesmo após insistentes reuniões
intermediadas pela Comissão de Segurança da Assembleia Legislativa, OAB e
outras instituições.
É claro que a inversão desta situação
administrativa caótica não resolverá de todo o problema, mas, contribuirá
decisivamente para que a tropa recupere a alto estima, os valores nobres em que
cada policial militar é investido e entusiasmado, passe a fazer o que sempre
fez. Cada policial militar se multiplique por três, dando o melhor de si e
proporcione respostas à sociedade maranhense.
É a minha esperança e a crença no
Comandante de todos os Comandantes – JESUS CRISTO, filho de DEUS.
São Luís-MA, 11 de novembro de 2013.
Ten Cel QOPM Carlos Augusto Furtado
Moreira
Especialista em Gestão Estratégica em
Defesa Social, Pós-graduado em Superior de Oficiais e Aperfeiçoamento de
Oficiais, Bacharel em Direito e Formação de Oficiais e Licenciado em História.
Bela atitude... Deveriam sempre ser levantadas essas questões. Acho q esse problema é mais Administrativo e Político... O Estado tem q aumentar seu efetivo policial e investir mais na segurança publica. Algo tem que ser feito para que a bandidagem nao tome conta do Estado, como ta tomando conta do País. Isso aqui ainda nao é um São Paulo, nem um Rio de Janeiro (que ainda assim foi pacificado à força mas foi).
ResponderExcluirE o povo de são luis ? Acorda GADO !.. . Já mataram o vaqueiro (policial).
ResponderExcluirQUERIA SABER POR QUE ELES NÃO COLOCAM O CORONEL IVALDO ALVES,QUANDO ELE COMANDAVA A TROPA NÃO ACONTECIAR ISSO.HOJE DESCOBRIR ALGUMAS COISAS QUE ESCUTEI ALGUMAS PESSOAS FALANDO.
ResponderExcluirPORQUE A GOVERNADORA NÃO COLOCAR CORONEL IVALDO ALVES, A OUTRA PESSOAS FALOU A MINHA COLEGA PORQUE ELE É O CARA E COM ELE NÃO TEM ESSA HISTORINHA DE NÃO MATAR,ELE TEM UM LEMA MUITO BOM,A OUTRA PESSOA FALOU QUAL LEMA.
NÃO EXISTIR BANDIDO BOM EXISTIR BANDIDO MORTO.