Marcelo Godoy e Fabio Leite em reportagem para O Estado de S.
Paulo mostra apenas parte da carniça que é os honoráveis bandidos que comandam
este país com seus esquemas e corrupções.
O jornal
mostrou o mapeamento do crime organizado associado com a polícia.
Hipocritamente,
a cúpula da Secretaria da Segurança Pública de São Paulo diz que quer ter
acesso aos dados e áudios recolhidos pelo Ministério Público Estadual (MPE) em
três anos e meio de investigações sobre o Primeiro Comando da Capital (PCC)
para desferir um duro golpe contra policiais corruptos.
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As
interceptações telefônicas mostram um cotidiano de achaques feitos por
policiais civis e militares contra bandidos importantes da facção, que são
sequestrados e mantidos em cárcere em delegacias.
Até mesmo
parte do material apreendido na megainvestigação do MPE era posta à venda aos
criminosos.
Ao todo, 175
integrantes do PCC foram denunciados, conforme revelou O Estado.
Acredite quem
quiser, mas o secretário da Segurança Pública, Fernando Grella Vieira disse: “Temos
inúmeras investigações em andamento. Aguardamos que o Ministério Público
compartilhe conosco as provas para que possamos tomar providências”,
afirmou ao Estado.
Agentes do
Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) são flagrados
oferecendo arquivos de computadores e pen drives apreendidos na operação que
terminou com a morte de Ilson Rodrigues de Oliveira, o Teia, em 2011.
No áudio de 7
de maio daquele ano, Antonio José Müller Junior, o Granada, conversa com um
integrante da chamada Sintonia dos Gravatas, o departamento jurídico do PCC.
O homem,
identificado como Keno, diz que conversou com policiais do “prédio” - como
chamam o Deic. “É só encontrar lá para trocar umas ideias pra tá tirando esses
pen drive aí.”
Na chácara em
que estava Teia, policiais das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota)
mataram três acusados e prenderam outros cinco. Computadores com documentos da
facção, uma metralhadora, um fuzil e duas pistolas foram levados para a sede do
Deic.
Em outro caso,
um dos chefes da facção, Daniel Vinícius Canônico, o Cego, conversa com
Jogador, um integrante da facção que foi detido em 2010 por cinco policiais na
zona leste de São Paulo. O bandido foi levado ao 103.º DP (Itaquera), onde o
mantiveram detido. Queriam
R$ 300 mil para soltá-lo, mas aceitaram libertá-lo por R$ 130 mil pagos em duas
parcelas - à vista e após 30 dias.
Cego quer
saber se “a cana é da família”, ou seja, se Jogador estava trabalhando para a
facção ou se fazia serviço particular quando foi detido. Nesse caso, em vez de
o PCC bancar a propina, ele só emprestaria o dinheiro para Jogador honrar o
acerto com a polícia.
É assim em
todos os estados do Brasil, basta perguntar ou gravar as organizações criminosas.
Pode apostar.