Em artigo escrito nesta quarta-feira com o título “ESTADO DE LETARGIA”,
o desembargador JOSÉ LUIZ OLIVEIRA DE ALMEIDA
mostra sua indignação e decepção com o estado imoral daqueles que deveriam
cuidar do erário e com o povo que não deveria ser complacente com tais
bandidos.
Disse o desembargador:
“Não surpreende a condescendência, a
complacência e a paciência do povo brasileiro com os criminosos encarapitados
no poder – ou que já passaram pelo poder, de maneira nefasta.
A roubalheira vai acontecendo, as notícias
vão sendo veiculadas dando conta da ação criminosa de agentes públicos,
testemunhamos, assombrados, o aumento do patrimônio de alguns espertalhões, e
nada acontece de relevante para pôr um basta na situação.
O pior é que nós até aquiescemos com esse
quadro, como se fosse a coisa mais banal do mundo. Algumas vezes nós até
fazemos sala para surrupiadores do dinheiro público, como se eles fossem dignos
da nossa companhia.
De rigor, não funcionam as instâncias formais
de persecução e não funciona nenhuma forma de controle social, mesmo a
eleitoral que seria, em tese, a mais fácil de ser implementada, vez que há
eleições no Brasil de dois em dois anos.
O tempo passa e as ações deletérias dos
homens públicos brasileiros se repetem, anos após anos –
insistentemente, impunemente, descaradamente, frequentemente
– , como se fosse natural.
Os bandidos aboletados no poder fazem a festa
– deles e de uns poucos acólitos – com o dinheiro público, certos, convictos
que nada lhes acontecerá. Sabem, ademais, que o tempo é
curto, e que, se não tirarem o seu quinhão num mandato, os que lhes sucederão certamente
o farão – sem pena e sem dó.
Pensam, assim, que é preciso agir, antes que
o tempo passe, pois ninguém tem assegurado uma reeleição. Se os que virão
depois o farão – pensam eles –, otário é quem passa pelo poder e não enriquece.
Eles são desumanos! E descarados! Não têm
coração e nem alma!
Nessa faina, nessa sofreguidão pela subtração
do que nos pertence, nada escapa: nem o dinheiro da merenda escolar, que tem
servido, todos sabem, para enriquecer uma corja de bandidos travestidos de
gente de bem, verdadeiros sanguessugas, parasitas sem alma e sem coração.
E ninguém diz nada!
E ninguém faz nada!
E fica tudo como dantes!
E o Ministério Público, onde anda?
E o Poder Judiciário, o que faz?
O mais grave é que o adversário (de ocasião)
quando denuncia as falcatruas, sobretudo no período eleitoral, o
faz tão somente objetivando a conquista do poder, para, uma vez nele
encarapitado, fazer exatamente as mesmas coisas que disse condenar.
E as instâncias formais de persecução parecem
entorpecidas, num estado de letargia que beira a irresponsabilidade.
Aqui e acolá, apenas para ludibriar, ocorre
uma ou outra punição. Mas é uma gota derramada no oceano, num mar de
impunidade.
A verdade é que ninguém acredita em punição.
Os agentes públicos, sobretudo os que têm acesso ao dinheiro público, vão dilapidando
o patrimônio do Estado, sem pudor e sem vergonha, porque têm certeza da
impunidade.
O mais preocupante é que, no período
eleitoral, que seria, em tese, o momento propício para afastar do poder
um grupo de canalhas, como acima anotei, o eleitor nada faz. Ao reverso,
muitos são os eleitores que até aproveitam o período para pegar o seu bocado.
A verdade é que o controle social, está em
crise no Brasil. Aliás, sempre esteve em crise! Desde sempre, todos sabemos!
A verdade é que vivemos uma crise moral sem
precedentes.
Há pesquisas que dão conta de que o
brasileiro está pouco se importando com o controle das ações dos homens
públicos.
O que temos assistidos, sem surpresa, mas
contristados, é que muitos são os flagrados em operações ilegais, e muitos, no
mesmo passo, são os que escapam dos rigores da lei.
Para ser mais objetivo: a quase totalidade
dos que se apropriam do dinheiro público passam à ilharga dos órgãos de
persecução criminal.
O que acontece, comumente, é que os que têm
os mandatos cassados, por exemplo, em face de alguma falcatrua, além de não
receberem nenhuma punição das instâncias formais, voltam, depois,
como campeões de votos em seus Estados, nos braços do povo, como se
tivessem sido vítimas de alguma injustiça. Os exemplos são vários; não preciso
enumerar.
É chegada a hora de nós, eleitores, nos
conscientizarmos de que não se deve devolver o mandato a quem não soube
honrá-lo.
Nós temos que ter presente que não se pode
sufragar o nome de quem enriqueceu no poder, fazendo uso do poder,
traindo a nossa confiança.
Cada vez que elegemos ou reelegemos um
bandido, nós estamos dando a ele uma procuração para em nosso nome subtrair,
para si e para os seus, o dinheiro do imposto que pagamos.
Até quando?”
Eu Também pergunto, até quando a bandalheira abaixo vai acabar?
Até quando os farsantes transvestidos de jornalistas irão está irmanados com os corruptos, recebendo propina e protegendo-os no rádio e em outras mídias?
Não há nada que fazemos às escondidas que um dia não venha a ser revelado. Veja AQUI, AQUI e abaixo pessoas recebendo dinheiro público sem trabalharem, levando Paço do Lumiar ao caos administrativo:
Para agirem livremente com estas irregularidades e outros desvios de recursos públicos foi feito o controle da maioria da imprensa mediante o pagamento de propinas, confira:
- CONTROLE DA IMPRENSA 1 (AQUI);
- CONTROLE DA IMPRENSA 2 (AQUI);
- CONTROLE DA IMPRENSA 3 (AQUI);
- CONTROLE DA IMPRENSA 4 (AQUI).