O GLAUCIO:
Gláucio Alencar, do ramo de merenda escolar, era conveniado a
várias prefeituras no Maranhão.
Gláucio Alencar e outros agiotas já identificados eram "financiadores" de escritórios de
advocacia com “trânsito” no judiciário, especializados em casos de desvios de
verbas pública.
Pelo que já foi apurado e divulgado,
a quadrilha agia quando algum prefeito enrolado era denunciado ou afastado pela
prática de irregularidades (desvio de recursos).
A quadrilha então aparecia dando uma
"boa" banca de advogados para livrarem os prefeitos da perda dos
mandatos, mediante liminar de algum desembargador do TJMA.
A partir daí os prefeitos se tornavam refém da
quadrilha. Devendo para o agiota que livrara sua pele, o prefeito continuava a
praticar mais e mais desvios para alimentar a organização.
Se o prefeito quisesse se livrar
dessa situação, ou ele seria assassinado, ou ele receberia uma operação da PF
no Munícipio e perderia o mandato.
O DELEGADO DA PF:
O delegado da Polícia Federal Pedro Meireles ficou conhecido
pela sua atuação em ações em diversas prefeituras maranhenses envolvidas com o
desvi de verbas públicas.
Ele prestou depoimento na Polícia Civil, uma vez que foi
citado pelo agiota Gláucio Alencar, que disse que o policial federal teria
enviado uma mensagem o informando sobre a morte de Décio Sá.
Agora, O ex-prefeito do município de Serrano do Maranhão,
Vagno Pereira, conhecido como Banga, em entrevista à Rádio Mirante AM, mencionou
o delegado de Polícia Federal Pedro Meireles.
O ex-prefeito disse que a sua prisão feita pela Polícia
Federal, em março de 2010, teria sido uma espécie de “armação” elaborada pela
rede de agiotas, interessada em cobrar uma dívida de R$ 200 mil, que seria de
Leocádio Rodrigues.
“Gláucio me convidou para vir a São Luís, almoçar
com ele, em um restaurante. Atendi ao convite, e na oportunidade ele disse que
a Prefeitura de Serrano devia a ele R$ 200 mil pelo financiamento da campanha
eleitoral do então prefeito Leocádio. Eu disse que não tinha como pagar um
débito que não era meu, pois não havia assumido nenhum compromisso financeiro
com ele, apesar de ter sido o vice-prefeito eleito. Ele [Gláucio] me ameaçou,
dizendo que eu tinha que pagar de qualquer maneira, e quando eu disse que a
Prefeitura sequer tinha cheques, ele me garantiu que possuía em seu carro, mas
eu me neguei a assinar”, denunciou
Banga.
Após se negar
a pagar a dívida, Banga foi preso no dia 19 de março de 2010 pela Polícia
Federal, segundo ele, sem ordem de prisão, em uma estrada vicinal do município
quando estava em companhia da filha de 5 anos. A operação, segundo o ex-prefeito, foi
liderada pelo delegado Pedro Meireles.
Banga permaneceu preso por 45 dias e foi afastado do cargo, assumido
pelo presidente da Câmara de Vereadores, Hermínio Pereira, conhecido como
Hemininho, filho de Leocádia Rodrigues, cassado por improbidade.
De acordo com
Banga, sua prisão foi uma forma de a quadrilha garantir o pagamento do débito
deixado na Prefeitura.
“Se eu não tivesse sido preso, com certeza estaria
morto como o jornalista [Décio Sá], que denunciou o esquema e foi assassinado
por eles. Foi tudo uma armação para que Hermininho assumisse, e passasse a ser
a pessoa responsável por quitar todo esse débito”, explicou o ex-prefeito.
“É muita coincidências o fato de o advogado de
Hermininho, Ronaldo Ribeiro, ser o mesmo do delegado federal e que o deputado
aliado dele é Raimundo Cutrim”, lembrou
Banga.
t
“Se a comissão me convocar, eu
vou agora jogar na cara dele [Gláucio] tudo o que ele me disse naquele dia. Eu
tenho até medo de ele mandar me matar, mas eu queria a acareação e vê ele
mentir na minha frente. Acho que a partir de hoje vou levar uma vida melhor,
porque desabafei, e sou uma pessoa de bem”, concluiu o ex-prefeito de Serrano.
AS PERGUNTAS DESTE
BLOG:
A
época das operações realizadas pelo Delegado da PF, outras prefeituras
comprovadamente estavam desviando recursos públicos (AQUI), mas não foram importunadas, por quê?
Qual o envolvimento do delegado
com a quadrilha instalada em Paço do Lumiar? O delegado recebeu várias denúncias
de desvios de recursos federais protocoladas na PF, que foram engavetados ou
retardados procedimentos de investigação, por que?.
Por que a Procuradoria da
República no Maranhão, através do procurador Israel freou as ações que deveriam
ser proposta contra a organização criminosa?
Estas
perguntas exigem uma resposta sem enrolação tanto da PF, como do Ministério
Público Federal.