Em reunião aprovada ontem (29 - terça-feira), o ministro da SAE (Secretaria de Assuntos Estratégicos), Moreira Franco e o subsecretário de Ações Estratégicas da pasta, Ricardo Paes de Barros, com comissão de especialistas para avaliação dos critérios de identificação da chamada nova classe média, que representa 54% da população brasileira.
O critério usado foi o da renda. Famílias com renda per capita entre R$ 300 e R$ 1.020 estão nesta
classe.
Dentro dela,
foram definidos três subgrupos: a baixa classe média,
com renda familiar per capita entre R$ 300 e R$ 440; a média,
com renda familiar per capita de R$ R$440 a R$ 640; e a alta classe média,
cuja renda familiar per capita fica entre R$ 640 e R$ 1.020.
A nova
Classificação não representa nenhum avanço significativo é uma manipulação para
dissimular um suposto desenvolvimento social.
O professor Jorge Cláudio Ribeiro, da PUC-SP, diz:
O conceito de classe média não se resume ao nível de renda,
simplesmente. Nesse sentido, seria “forçar a barra” chamar esse
contingente expressivo – são 30 milhões de pessoas – de classe média, usando
apenas o critério da renda. E as classes sociais se definem por outros critérios, como a
sua forma de ver o mundo, sua cosmovisão, sua atitude perante a vida, suas
memórias, sua história. E esses são fatores um pouco mais qualitativos,
que não foram pesquisados. Essa chamada “nova classe média” é nova, mas não é
média, pelo menos do jeito como conhecíamos a classe média convencional, que
desenvolvia e estimulava o esforço pessoal, que tinha um mundo amplo, tinha
escolaridade tradicional na família. A nova classe média parece que está se
restringindo, por enquanto, a fatores ainda referentes à situação anterior. Ela
tem mais renda, mas continua “espiritualmente” a mesma. Pode fazer mais o que
já fazia antes. Não houve ainda uma ruptura muito pronunciada. São pessoas que
fizeram um esforço pessoal gigantesco, e que valorizam as realidades mais
próximas de si.
Na realidade as classes sociais estão entrando é em declínio
nos aspectos sociais, econômicos e principalmente político.
No Brasil só tem duas classes sociais:
1 – Os Dominados –
representam 90% da população e vivem explorando uns aos outros;
2 – Os Dominadores – 10%
da população vivem unidos em torno do recursos públicos para ficarem mais
ricos.