Confira a transcrição dos diálogos que constam de um dos vídeos. Polícia pede prisão dos jovens acusados. AJUDE A POLÍCIA PRENDER ESSES BANDIDOS!
A polícia pede que, se alguém tiver informações sobre a localização dos jovens, entrar em contato com o Disque-Denúncia pelos telefones (98) 3223-5800 (capital) e 0300 313 5800.
O blog do Gilberto Lima teve acesso a um dos vídeos que mostram a ação dos jovens acusados de estupro da adolescente. Tem 7’57’’ de duração.
No início, o jovem que está filmando diz: “Ela vomitou foi feio. Eita desgraça!”. A jovem aparece deitada de lado, com um deles tentando tirar-lhe a calcinha, numa área parecida como um terraço da residência, por ter um portão grande ao fundo.
Vendo que o amigo tentava tirar a calcinha da jovem, um deles diz: “Tira tudo não! Vai dar o maior trabalho pra colocar depois. Tu é louco?”
Os jovens seguem fazendo uma espécie de revezamento. Mais à frente, um deles volta a dizer: “Ela tá vomitando pra desgraça!”
Incomodado com a posição, um dos acusados ordena: “Empina um pouco mais!”. É prontamente atendido, como se a jovem entendesse o que estava acontecendo, mas sem condições de reagir.
Por volta dos 6’56’’ do vídeo, a jovem reage e diz, cruzando as pernas, colocando a mão direita nas nádegas, e com um deles tentando continuar o ato sexual: “Ai, ai! Para, para, para!”.
Um dos jovens pergunta: “Quê que foi? Agora que tá ficando bom!”
A jovem, ainda deitada, tentando se levantar, responde: “Para. Não quero!”
Inconformado, um dos acusados volta a dizer: “Tá acabando!”
A jovem responde, elevando o tom da voz: “Não quero, pôxa!”. Foram as últimas palavras da jovem no vídeo. Em seguida, ela aparece sentada, com um dos acusados de pé, tentando forçá-la a fazer possivelmente sexo oral.
No final, a vítima e um dos jovens aparecem, ainda sentados no chão, encostados em dois sofás.
Polícia pede prisão dos acusados
A polícia já pediu a prisão de dois dos três jovens que aparecem abusando sexualmente de duas adolescentes em um vídeo feito por celular e disseminado pela internet. De acordo com as vítimas, o fato aconteceu no fim do mês de agosto, mas o vídeo foi divulgado no dia 10 de outubro. Os jovens, dois maiores de idade e um menor, ainda, não foram encontrados.
O vídeo, que já foi retirado da internet, mas continua sendo disseminado pelos celulares, mostra todos os momentos do abuso sexual. Pelas imagens, as adolescentes estão desacordadas. Os três rapazes abusam das meninas, fazem piadas e não escondem o rosto. “Minha sobrinha, quando viu o vídeo, correu para o banheiro da escola e só saiu de lá quando toda a nossa família chegou ao local”, contou Paulo Mendonça, tio de uma das vítimas do abuso, uma garota de 15 anos. “Uma colega dela do colégio, que recebeu o vídeo no celular, mostrou para ela. Foi um choque. Os colegas ficaram fazendo ‘piadinha’, passando o vídeo de celular para celular”, completou.
Desde que o vídeo foi disseminado, a adolescente de 15 anos e a colega de 16 anos, a outra vítima, estão confinadas nas suas casas. Não voltaram à escola nem saem à rua. Elas estão sendo acompanhadas por um conselheiro tutelar, mas ainda não estão com acompanhamento psicológico adequado. “Antes, ficamos com medo da história se espalhar mais, mas agora, não tem mais jeito”, comentou o tio da garota.
O abuso
De acordo com uma conversa entre ela e os seus parentes, ocorrida nessa terça-feira (1º), ela estava chegando ao Colégio Paulo VI, na Cidade Operária, quando viu um rapaz encostado em um Corsa Classic. Ela contou ter visto uma pessoa com a farda da escola dentro do carro. O rapaz teria perguntado as horas para ela. A partir do momento em que ela olhou para o relógio, ela já não consegue lembrar-se de nada. “Ela contou isso com mais calma pra gente ontem. E afirmou, categoricamente, não conhecer nenhum dos três jovens”, contou Paulo Mendonça.
A adolescente contou, ainda, que acordou no Viva da Cidade Operária, deitada em um banco da praça. “Ela diz que acordou com o celular vibrando, com a ligação do namorado dela, que mora no Rio de Janeiro. Ela conseguiu pegar um ônibus e chegou em casa cambaleando. Imediatamente, nós da família registramos um boletim de ocorrência e pedimos exames no Instituto Médico Legal”, revelou Paulo Mendonça.
O caso ficou sendo investigado pela Delegacia da Cidade Operária até esta semana. Nesta quinta-feira (3), o inquérito, que está sob sigilo, será transferido para a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA).
Desdobramentos
De acordo com Paulo Mendonça, a outra vítima do abuso, uma garota de 16 anos, conhecia um dos jovens. “No dia que o vídeo apareceu na escola, o meu irmão (pai da vítima) colocou as duas no carro e foi até o local que um deles mora. No momento que eles estavam lá, o garoto passou de mãos dadas com a namorada, e ela o reconheceu. Mas, agora, ninguém mais os viu”, lamentou o tio, que fez uma petição pública para pressionar a Justiça e já recolheu 416 assinaturas.
Com a disseminação do vídeo por celular e na internet, milhares de pessoas passaram a repudiar o ato, também, nas redes sociais. Identificados os três, um “cartaz” virtual passou a circular no Facebook, denunciando o abuso.
Paulo Mendonça revelou que, depois dessas ações de repúdio, um dos garotos ligou para a outra vítima do abuso e as ameaçou, dizendo que elas pioraram tudo. “O meu irmão chegou a receber uma ligação do pai de um dos jovens, na qual ele disse que se alguma coisa acontecesse com o filho dele, iria sobrar par o meu irmão”, contou.
Fonte:
Blog do Gilberto Lima
Com informação de Roberta Gomes/ Imirante.com